SC tem 126 mortes por gripe e alerta para baixa vacinação
Em 2025, número já se aproxima dos 129 casos de 2024 e baixa taxa de vacinação preocupa autoridades no Estado

Santa Catarina enfrenta o aumento no número de internações causadas pela Influenza neste outono. O Estado já registrou 126 mortes por gripe somente entre os dias 1º de janeiro e 10 de junho de 2025, contra 66 no mesmo período de 2024. O número foi divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) por meio do painel de monitoramento atualizado diariamente. O total preocupa, já que está próximo das 129 mortes contabilizadas ao longo de todo o ano de 2024.
De janeiro a maio de 2025, foram registrados mais de 1 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza ou gripe grave. No mesmo período do ano passado foram 879 casos, ou seja, houve um aumento de 20%. A faixa etária mais propensa à doença é a das pessoas acima de 60 anos, que representam 46,8% dos registros de SRAG confirmados por influenza. Na sequência, os indivíduos com idade até 4 anos, com 20,8%. O registro de óbito é mais comum na faixa etária a partir dos 50 anos (110 óbitos).
A SES alerta que a baixa adesão à campanha de vacinação é um dos fatores por trás do avanço da doença. Até o momento, apenas 42,6% do público alvo foi vacinado, índice considerado abaixo do ideal para conter a propagação do vírus.
Florianópolis lidera o ranking de municípios com maior número de mortes em 2025.
Veja os dados:
Florianópolis: 18 mortes
Chapecó: 13 mortes
Lages: 10 mortes
Joinville: 9 mortes
Tubarão: 4 mortes
Evolução das mortes por gripe nos últimos anos em SC:
2020: 5 mortes
2021: 16 mortes
2022: 46 mortes
2023: 47 mortes
2024: 129 mortes
2025 (até junho): 126 mortes *Dados até 10 de junho
Sobrecarga na rede hospitalar
O secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi, afirmou que a rede hospitalar de Santa Catarina vem sendo ampliada desde 2013, com a abertura de quase 300 leitos de UTI. Atualmente, o estado conta com mais de 1.400 leitos nas categorias neonatal, pediátrica e adulta. Segundo ele, há sobrecarga na rede hospitalar, especialmente por conta das síndromes respiratórias, com destaque para a influenza. Ele reforçou a importância da vacinação: "Temos vacinas disponíveis para que toda a população se imunize e evite os casos mais graves da doença. É fundamental que todos se vacinem contra a influenza".
Demarchi também explicou que, caso um hospital esteja lotado, os pacientes são transferidos para outras unidades do estado ou da rede privada, garantindo a assistência a todos os catarinenses
Fonte: Diário do Iguaçu
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