Ciclone ameaçador em SC acende alerta do governo brasileiro: ‘grande perigo’

Formação do novo ciclone em Santa Catarina pode trazer grande perigo ao Estado, alerta Instituto Nacional de Meteorologia

Ciclone ameaçador em SC acende alerta do governo brasileiro: ‘grande perigo’
Foto: Reprodução/Nasa

O ciclone ameaçador que atua sobre Santa Catarina nesta segunda-feira (4) acende o alerta nacional do governo brasileiro. De acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), o Estado está em alerta vermelho para ocorrências oriundas do fenômeno.

Segundo o Inmet, a chuva traz “grande perigo” para Santa Catarina, associada aos ventos fortes do ciclone.

Já a Defesa Civil do Estado diz que o vento médio sopra entre 20 e 35 km/h e as rajadas variam entre 65 e 85 km/h, podendo superar os 100 km/h na serra catarinense.

O ciclone deve passar principalmente na cidade de São Borja, a quase 600 quilômetros da capital Porto Alegre, e depois vai se deslocar rapidamente em direção ao sudeste. A previsão do Inmet é de que ele atinja o oceano Atlântico por volta das 9h e depois se desloque para alto-mar.

Desde o último sábado (2), uma frente fria vinda do Uruguai tem levado fortes chuvas ao Sul do Brasil, principalmente em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

Instruções do Inmet sobre o ciclone

Em seu site, o Inmet dá as seguintes instruções para quem for afetado pelos fortes ventos.

- Em caso de rajadas de vento: (não se abrigue debaixo de árvores, pois há risco de queda e descargas elétricas e não estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda);

- Se possível, desligue aparelhos elétricos e quadro geral de energia;

- Obtenha mais informações junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).

O Instituto alerta ainda para risco de corte de energia elétrica, estragos em plantações, queda de árvores e de alagamentos.

4 mortos pelo ciclone

A região Norte do Rio Grande do Sul foi atingida por fortes chuvas que causaram quatro mortes, alagamentos, granizo e ventania, segundo a Defesa Civil. O alerta para tempestades se estende para todo o Sul do Brasil desde a última sexta-feira (1º).

As vítimas foram registradas em Passo Fundo, Mato Castelhano e Ibiraiaras. Em Passo Fundo, um homem morreu eletrocutado em sua residência durante o temporal. Em Mato Castelhano, um homem morreu ao ter sua caminhonete arrastada pela correnteza de um rio. Em Ibiraiaras, duas pessoas morreram ao ficarem presas em um carro que tentava atravessar um rio e foi levado pela força da água.

Além das mortes, os temporais provocaram estragos em diversas cidades da região. Casas ficaram alagadas, moradores ilhados e estradas bloqueadas. Equipes do Corpo de Bombeiros Militar, da Defesa Civil e das prefeituras trabalham no auxílio aos atingidos pelas chuvas intensas.

O que é um ciclone?

Segundo a Wikipédia, um ciclone é uma região em que o ar relativamente quente se eleva e favorece a formação de nuvens e precipitação. Por isso, tempo chuvoso e nublado, chuva e vento forte estão normalmente associados a centros de baixas pressões.

El Niño pode trazer ‘epidemia’ de ciclones

O El Niño promete influenciar a primavera em Santa Catarina que deve trazer calor, ciclone e muita chuva. De acordo com a Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina), o Estado pode sofrer com chuva acima da média.

Outro alerta é para os ciclones extratropicais que atuam com frequência entre o litoral da Argentina, Uruguai e Sul do Brasil trazendo perigo às embarcações, com ventos fortes e mar agitado, que muitas vezes resultam em ressaca. Neste ponto é importante lembrar que o fenômeno El Niño intensifica os ciclones extratropicais.

Afinal, o que é o El Niño?

O El Niño nada mais é que um fenômeno atmosférico-oceânico caracterizado por um aquecimento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico Tropical em decorrência do enfraquecimento dos ventos alísios.

Segundo o portal “muito geomática” o evento costuma ocorrer em intervalos de dois a sete anos e provoca diversas alterações climáticas globais e inúmeros prejuízos socioeconômicos e ambientais às regiões afetadas

 

 

FONTE: ND+